Tomb Raider (2013)

Apesar da tag “A Survivor is Born” e a hashtag “#reborn” terem sido usadas para promover o jogo, seu título é apenas: Tomb Raider.

Tomb Raider foi desenvolvido pela Crystal Dynamics, o mesmo estúdio que criou Tomb Raider: Legend, Anniversary e Underworld, bem como Lara Croft and the Guardian of Light e Lara Croft and the Temple of Osiris, e foi publicado pela Square Enix.

O jogo se inicia com uma Lara Croft de 21 anos, vítima de um naufrágio em uma ilha misteriosa localizada numa região conhecida como “Triângulo do Dragão”, na costa do Japão.

Antes do acidente, Lara fazia parte de um grupo que procurava por Yamatai, o domínio insular da lendária rainha e sacerdotisa Himiko. O líder da expedição é um cara maduro chamado Conrad Roth, que pode ser visto no trailer do jogo. Ele é o mentor de Lara e ela precisa ajudá-lo a sobreviver quando ele fica ferido.

Ao recontar a história de Lara, os desenvolvedores disseram que esperavam torná-la mais complexa, humana e uma heroína culturalmente relevante, em parte a inserindo em situações extremamente perigosas e desafiadoras as quais ela por fim irá superar.

Dessa vez não há um modelo real representando Lara para eventos promocionais; contudo, o jogo empregou o uso extensivo de captura de movimentos.

Camilla Luddington forneceu sua voz e a captura de movimentos para o personagem de Lara Croft. Ela também apareceu em diversos eventos para a imprensa, apesar de não se apresentar caracterizada como sua personagem virtual.

O jogo foi construído sobre a engine aprimorada de Legend e Underworld – a mesma engine usada pela Eidos de Montreal no game Deus Ex: Human Revolution – permitindo interações mais realistas, com base na física dentro do mundo do jogo e uma liberdade de movimento muito maior para Lara.

A câmera também foi totalmente reformulada para se mover mais dinamicamente e reagir às situações dentro do jogo – mais próxima de Lara em locais mais estreitos e mais distante durante os combates.

Tomb Raider apresenta puzzles, combates, exploração e ação, como as fundações do jogo, mas muito mais realistas e mais plenamente integradas ao enredo básico de sobrevivência.

Apesar da imprensa ter especulado que o game estava escorregando para o território do survival-horror, este não é um jogo ao estilo Resident Evil ou Silent Hill. Certamente há algumas partes assustadoras ou um pouco sangrentas, mas o game tem muito mais um estilo “survival-adventure” do que “survival-horror”.

A característica de mira automática utilizada nos jogos anteriores foi substituída por um sistema de mira livre.

As armas incluem um arco, pistolas, rifle e espingarda, bem como um machado, que Lara usa para escalar e se defender. Lara começa o jogo com praticamente nada e gradualmente adquire arma por arma e algumas ferramentas. Os jogadores podem aprimorar os equipamentos de Lara à medida em que progridem no jogo.

Ainda que não seja exatamente um “mundo aberto”, o game não é linear. Os jogadores podem explorar diversas locações da ilha livremente e podem revisitar áreas, assim como alcançar certos locais quando as habilidades e equipamentos de Lara são melhorados. Entretanto, há certas sequências roteirizadas que dão prosseguimento à história, pois há uma linha principal no enredo e apenas um final.

Diferentemente dos games anteriores, não há uma barra de energia. Ao invés disso, a saúde ou ferimentos de Lara são indicados pela sua aparência e pela maneira como ela se move, assim como manchas de sujeira e sangue que surgem na tela durante sequências de ação e combate. Kits médicos não serão necessários uma vez que os ferimentos de Lara são curados gradualmente no decorrer do tempo.

Um sistema de acampamentos permite ao jogador viajar rapidamente entre as diversas áreas da ilha. Os acampamentos também permitem que o jogador possa examinar e combinar itens do inventário e acessar o sistema de habilidades ao estilo RPG para aprimorar as habilidades de Lara.

Há tumbas secundárias opcionais e numerosos itens colecionáveis para serem procurados, oferecendo oportunidades para exploração adicional e resolução de puzzles.

Há múltiplas configurações de nível de dificuldade para tornar o game acessível a uma gama maior de jogadores.

A mudança nas condições do tempo, o aprimoramento das habilidades e equipamentos de Lara e a influência do jogador no mundo do jogo contribuem para manter as locações “frescas” quando revisitadas.

O game apresenta um sistema de dicas chamado “instinto de sobrevivência”, no qual os jogadores podem destacar sinais e elementos interativos no mundo do jogo pressionando um botão.

Não há veículos e não há fases aquáticas. Isso não quer dizer que Lara não pode nadar, apenas essa oportunidade não surge no game.

Como no game original, Lara possui apenas uma vestimenta – ela está isolada da civilização afinal de contas – contudo, o estado das suas roupas irá se modificar no decorrer do jogo, à medida em que ela interage com o ambiente. Trajes adicionais estão disponíveis via DLCs.

No coração de tudo está um mistério reminiscente da série de TV Lost. O que é afinal essa ilha? Quem são os estranhos habitantes? Por que é aparentemente impossível escapar? Lara – e o jogador – devem descobrir a verdade (desta vez a verdade não está lá fora…).

De acordo com os desenvolvedores, os personagens e o enredo são componentes vitais do jogo. A história de Tomb Raider contou com a colaboração de escritores da casa e externos, incluindo a escritora chefe Rhianna Pratchett, a quem é creditada Heavenly Sword, a série The Overlord e Mirror’s Edge.

Há também um modo multiplayer em adição à história single-player.

Os jogadores podem esperar um tempo de jogo de cerca de 15 horas, desde que eles não peguem desvios e sigam apenas a história principal. Contudo, há diversas áreas para serem exploradas, itens colecionáveis para procurar e oportunidades para se revisitar as áreas pelas quais os jogadores já passaram.